Mas também uma arma. Foi forjada
Na Inglaterra, em 1604,
E carregada com um sonho. Encerra
O som, a fúria, a noite e o escarlate.
A minha mão sopesa-a. Quem diria
Que contém o inferno: essas barbudas
Bruxas que são as parcas, os punhais
Que executam as duras leis da sombra,
O delicado ar desse castelo
Que te verá morrer, a delicada
Mão que é capaz de ensanguentar os mares,
O clamor e a espada da batalha.
No espaço de um só livro, na tranquila
Prateleira da estante. Dorme e espera.
obras completas 1975-1985 vol. III
história da noite (1977)
trad. fernando pinto do amaral
editorial teorema
1998
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