Do espaço de azevinho onde os espinhos
Não são os pensamentos que eu ateio, como um praticante
de Ioga
Mas apenas, o verde, pura escuridão
Nela gelam e são.
Na tua vaga obscuridade,
As estrelas coladas por todo o lado, estúpidos confeitos brilhantes.
A eternidade aborrece-me,
Eu nunca a quis.
É do pistão em movimento –
A minha alma morre só de o ver.
E os cascos dos cavalos,
Esse desapiedado ruído de cascos no chão.
O que há de importante nisso?
Será um tigre este ano, este rugido ao pé da porta?
É o de um Christus,
O terrível.
Morto por voar e acabar assim?
As bagas do sangue são elas mesmas, estão muito quietas.
Na distância do azul, os pistões assobiam.
ariel
trad. maria fernanda borges
relógio d´ água
1996
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