27 agosto 2024

luiza neto jorge / 5 poemas para a noite invariável

 
 
II
 
Em cada braço uma herança de horizonte
desde o naufrágio de um eco
em cada árvore
trago-me no sol
à hora dos contornos
no sol a voz
é mais difícil
o tempo mais ausente
 
trago um filho
que parte o caule às estrelas
é louco e sofre
e parte o caule às estrelas
 
Tragicamente o sol
põe luz nos braços
A morte é uma feira aberta em lua
 
 
 
luiza  neto jorge
os sítios sitiados
poesia
assírio & alvim
1993
 




Sem comentários: