No salão de vermelho atapetado –
Meu cetim de ternura engordurado,
Rendas da minha ânsia todas rotas…
Falso mistério, mas que não se abrange…
De antigo armário que agoirento range,
Minh’ alma actual o esverdinhado espelho…
O meu castelo em Espanha, ei-lo vendido –
E, entretanto, foram de violetas,
Mas como sempre, ao fim – bandeiras pretas,
Tômbolas falsas, carrossel partido…
mário de sá-carneiro
poemas
biblioteca editores independentes
assírio & alvim
2007
Sem comentários:
Enviar um comentário