Olhamos os caminhos da cidade, 
os mais secretos, os que não existem, 
ladeados por casas, muros, grades 
que não passam de imagens, puros símiles 
daqueles que nós sempre conhecemos. 
Eram como um limite, agora imersos 
na súbita memória de outro tempo 
onde se encontram finalmente os mesmos 
vultos que a cada instante se perdiam 
para serem apenas a suspeita 
se alguém que ao despertar já descobrira 
quanto maior se torna ou mais intensa 
a imagem dos lugares que principiam 
nessa cidade que só foi ausência. 
fernando guimarães
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