12 maio 2019
miguel torga / negrume
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De tanto olhar o sol, queimei os olhos. De tanto amar a vida, enlouqueci. Agora sou no mundo esta negrura, À procura Da luz e do...
11 maio 2019
josé gomes ferreira / as crianças
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XIII As crianças atiravam o Sol umas às outras a brincarem no pátio entre gritos alegres de poeira. Não percebo porque os ...
10 maio 2019
josé tolentino mendonça / calle principe, 25
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Perdemos repentinamente a profundidade dos campos os enigmas singulares a claridade que juramos conservar mas levamos anos...
09 maio 2019
juan luis panero / enigmas e despedidas
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Um gato que mia na noite antes de morrer, um gato que mia, o seu histérico adeus. Que segredo, que estranho e banal mistério a v...
08 maio 2019
césar simón / chegámos muito longe
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Chegámos muito longe, pois a cidade funda é a cidade do tédio, palmeiras indolentes, de arrabaldes e comboios o pó leve. ...
07 maio 2019
e e cummings / xix poemas
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[x] ele não tem que sentir porque pensa (os pensamentos de outros,entenda-se) Ele não tem que pensar porque sabe (que tudo é m...
06 maio 2019
konstandinos kavafis / dias de 1903
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Não voltei a encontrá-los – esses dias tão depressa perdidos… esses olhos poéticos, esse pálido rosto… no anoitecer da rua… Nã...
05 maio 2019
bernardo soares / para compreender, destruí-me.
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Para compreender, destruí-me. Compreender é esquecer de amar. Nada conheço mais ao mesmo tempo falso e significativo que aquele dito de ...
04 maio 2019
vasco graça moura / nó cego, o regresso
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I esta é a sombra, o rigor do coração: nó cego, indesatável por nevoeiro espesso ou ténue gaze na distância. uma obscura (tr...
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03 maio 2019
pier paolo pasolini / as cinzas de gramsci
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V Não falo do indivíduo, do ardor sensual e sentimental… outros vícios terá, outro é o nome e a fatalidade do seu pecado… Ma...
02 maio 2019
paul éluard / em primeiro lugar
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IV Disse-to pelas nuvens Disse-to pela árvore do mar Por cada onda pelos pássaros nas folhas Pelos calhaus do ruído Pelas mã...
01 maio 2019
josé saramago / fraternidade
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A qual de nós engano quando irmão Nestes versos te chamo? Não são irmãs as folhas que do chão Olham outras no ramo. Melhor é a...
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30 abril 2019
alexandre o'neill / amigos pensados: gente de pau e manta
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Nunca jantam, quando jantam, onde almoçam, quando almoçam. Condenados, pois claro, à revelia, o que deixam é um nome nos arquivo...
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