Nunca jantam, quando jantam,
onde almoçam, quando almoçam.
Condenados, pois claro, à revelia,
o que deixam é um nome nos arquivos
e continuam maus, sornas e vivos.
O aguardente aquece-lhes a casa,
o tabaco fuma-lhes a prosa.
Quando dormem,
nem a formiga os acorda.
Aceitam trabalho aqui,
Mas sobretudo acolá.
É gente de pau e manta,
ó minha linda,
gente que pra ti não há.
alexandre o´neill
feira cabisbaixa 1965
poesias completas
assírio & alvim
2000
No compasso da poesia maior! Parabens!
ResponderEliminarisaias