I
esta é a sombra, o rigor
do coração: nó cego, indesatável
por nevoeiro espesso
ou ténue gaze na distância.
uma obscura (translúcida razão?)
como papel de seda vibra
ou se amarfanha
surda, tu e eu poderíamos
rasgar a sombra intocável?
nenhum sentir distingue
seu intrincado músculo ansioso,
propulsor de sombras e sangue?
nenhum poder é transparente,
ileso? poderíamos?
vasco graça moura
nó cego, o regresso
poesia 1963/1995
quetzal editores
2007
Sempre o eco do sentimento !
ResponderEliminarIsaias