Um escritor cheio de ferragem e tatuagem, como um escravo, besta de carga. Admira como não cravaram ainda cravos na palmilha de seu pé e...

    A rotina invade, conciliatória magia, a quadrícula do soalho num absurdo reflexo do ímpeto vitral.   Arrefeceu o rastilho que leva ao co...

    Fui ali sentir uma aragem no rosto e pedir a mim mesmo somente um pouco de sossego, mas eu era um peão do poema a rugir de encontro à mu...

Na fábrica da angústia, onde jazem raciocínios ditos científicos e os arranjos convenientes ao lucro, molda-se o sossego dos tri...

A Beleza quer-se cheia, mas um de cada vez… Vale mais um prodígio néscio que um desejo insatisfeito. Só os amantes da Beleza ...

Num flagrante retorno dramático ao fim-de-semana, àquilo que é excepcional, de fazer inveja a Cupido; na roda onde ninguém pod...

Bofetões. É o que levais desta vida. Falta de tempo para fugir ao sofrimento. Masturbações às escondidas, tais e tantas e de t...

Este latagão bebe vinagre, cospe bolas de sabão e sabe leis em que finge que acredita. Com os dentes ao desleixo, dissimula-s...

Uns comem, outros nem por isso, e aqueles que sim é porque estava a jeito e têm estômago para empurrar tudo e todos, e todo...

1 Saltos loucos de potros pisando rosas. Potros, uma prega entre dois rios contraditórios. Frios declives a floração do cérebro...

Um cordão policial, na socialização da falência, debrua as sanefas. Julga-se que a lógica é salvar os ricos e esperar que ele...

. . . Este real foi reaquecido, já não anda nem desanda. A igualdade não fez de nós indivíduos: transformou-nos   nu...

Tivemos um quarto belo como nas casas de passe Comigo a mirar-te nua no espelho do guarda-vestidos À socapa Tivemos um recinto belo como o p...