I   e nas suas mãos tão belas passavam como caravelas   a luva do tempo e a do vento       gil. t. sousa   ...

    tudo se repete de maneira desigual e lenta   cavalos como nuvens sobre a areia lisa   invisíveis e negros senhores dos meus olhos e dos ...

    Há nomes que a nossa memória recusa guardar sozinhos. Não é que não tenham em si mesmos sortilégio bastante para atravessarem a morte de...

  fosse assim: dunas de linho onde me perdesse   só o sal e o violino do mar no corpo antigo   vento de luz e o sol longínquo da infância   ...

      e eu, que sempre vi a luz como um elemento de revelação atento nestas mãos abertas e anseio por tudo o que nelas se esconde   espero t...

era assim como curva de rua alta ar de coisa presa à água tinha mãos de vento pequeno e o seu braço no muro era a somb...

a beleza da árvore que finge seguir o vento quando ele passa e os muros caiados que guardam o sol para quando nos falta ...

2- da luz nem sempre quis a a verdade tenho agora vícios de deserto e o coração pede-me sombras curtas não confio no...

Para quem estiver interessado em adquirir o meu livro, a melhor maneira de o fazer é através do site da editora Urutau que o distribui par...

1- à água dávamos as mãos secas os olhos se a beleza nos tentasse e esperávamos gil t. sousa desertos ...

manhãs inteiras atados com cordas de luz ao soneto solar que inundava as pedras os anjos à espera de soltarem a voz ...

regressar para que um tempo suspenso possa tocar de novo as mãos que tudo guardaram na água parada a educação das pedras er...

esqueçamos então que a loucura é hábil e que é pelo corpo que se escoa o tempo e que o corpo é um vento que nos abandona e nos...

um bando de pianos órfãos atravessava a neve e deixava um rasto de ouro no silêncio negro da tarde velávamos os raros fios d...

e se nas mãos fechadas as grandes portas se abrissem e passasses tu como este silêncio passa! gil t. sousa água forte...

seguíamos a água porque a secura nos cercava como um animal quase louco do alto de pedras antigas avistávamos cidades par...

ainda que um último navio viesse pousar-me nas mãos toda a solidão das ilhas e na brevíssima noite dos mortos rompesse lí...

Anos 70, muito jovem ainda. Partilhávamos os truques da resistência à ditadura fascista, espreitávamos o mundo pelas brechas do grande mu...

que hora foi essa que saltou do ventre dos relógios como um garrote de cinzas? devo ainda esperar por mim, enlouquecer no...