24 julho 2023

luís veiga leitão / prisioneiro

 



 

O prisioneiro é como navio
preso ao cais. Amarras de desterro
com ferrugem de noites a fio
e redes de ferro.
Do casco que um vento negro impele
caiu-lhe a pintura, o próprio nome.
Mas o mar está dentro dele
e não há força que o dome.
 
 
 
luís veiga leitão
ciclo de pedras
portugália
1964
 




Sem comentários:

Enviar um comentário