01 novembro 2022

luís miguel nava / transparência

 



 

Momentos há em que a toda a nossa volta os objectos se tornam insuportáveis como se nos roubassem o ar, como se neles houvesse uma respiração onde o ar e a luz interviessem simultaneamente. Entre os sabores que tocam no meu espírito procuro então o que melhor me possa devolver à transparência, não a dos espelhos ou dos vidros, que a literalidade impregna, mas a abrupta transparência dos sentidos.
 
 
luís miguel nava
o céu sob as entranhas
poesia completa (1979-1994)
publicações dom quixote
2002




 


Sem comentários:

Enviar um comentário