XXI
 
 Sei lá das coisas perdidas!
Sei lá das coisas ganhadas!
– Sei das sombras esmaiadas,
Sempre em mim anoitecidas.
 
 – Sei dos sonhos que me embalam,
E que me fazem chorar,
Sei dos mortos que me falam,
Sei das imagens do ar.
 
 – Não sei de mim, nem me importa,
Nunca soube de ninguém!
Sei do luar à minha porta,
Sei d´Ela que me quer bem!
 
 … O resto pouco me importa,
Que o descubra quem n’o tem
 
  
  
 antónio pedro
distância 1928
poesia (1926-1929)
edições cosmorama
2016
Sei lá das coisas ganhadas!
– Sei das sombras esmaiadas,
Sempre em mim anoitecidas.
E que me fazem chorar,
Sei dos mortos que me falam,
Sei das imagens do ar.
Nunca soube de ninguém!
Sei do luar à minha porta,
Sei d´Ela que me quer bem!
Que o descubra quem n’o tem
distância 1928
poesia (1926-1929)
edições cosmorama
2016
 

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