18 novembro 2020

jorge velhote / fria é a água na escuridão

 
 
.2.
 
Eras sem destino como o vento.
 
Ou os pássaros exactamente.
 
Sob o abismo do silêncio a imensidão
 
das sombras é como estrume.
 
Ou a pureza dos pastores.
 
Diante da chuva o medo cresce
 
como o bosque inacessível.
 
Mais tarde, destinaste à morte
 
um relâmpago de tristeza.
 
E a serenidade das sementes.
 
 
 
jorge velhote
âmago
edições sem nome
2018

 



1 comentário:

  1. Sem destino como o vento
    e triste como um lamento
    está a alma do Poeta.

    Desse ele acessibilidade ao bosque
    Visse na pureza dos pastores,
    amor pela chuva bendita

    Fizesse brilhar o sol
    que aquece e ilumina a água
    e dá vida à sementeira

    Ficaria alegre e feliz
    e a vida figuraria
    completa, alegre e inteira.


    Gostei do poema que apresenta.
    Isto que escrevo acima é pura bricadeira, pela qual peço me desculpe a parvoíce.

    Quem se quer armar em poetisa escreva-a no seu blogue, não é verdade?

    :)

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