Já fui o teu bêbado preferido
Bom para mais uma gargalhada
Depois esgotou-se-nos a sorte
E não tínhamos os dois mais nada
Vestiste então um uniforme
Para lutar na Guerra Civil
Ficavas tão bem que não quis saber
Qual era o lado pelo qual lutavas
Não foi assim tão fácil
Quando te levantaste e foste
Mas vou guardar esta historieta
Para outra ocasião
Sei que o fardo é pesado
Quando o levas durante a noite
Há quem diga que está vazio
Mas isso não o torna leve
Deixaste-me a louça por lavar
E um bebé na banheira
E dás-te bem com as milícias
Usas a sua camuflagem
Sempre disseste que éramos iguais
Por isso quero marchar contigo
Um figurante na sequela
Da bandeira vermelha, branca e azul
Por favor, querida, não me ignores
Éramos fumadores e amigos
Esquece essa velha história
De traição e de vingança
Vejo o Fantasma da Cultura
Com os números no seu pulso
Saudar uma nova conclusão
Que todos nós perdemos
Chorei por ti esta manhã
E chorarei por ti de novo
Mas não controlo a dor
Por isso não me perguntes quando
Talvez ainda haja vinho e rosas
leonard cohen
a chama
problemas populares
tradução de inês dias
relógio d´agua
2019
Olá... Belíssimo poema! Amo ler e escrever...Passando para dar um oi e deixar um convite! Estou retornando com meu blog: diarios-do-anjo.blogspot.com
ResponderEliminarPassa lá, acabei de postar a Parte XI do Conto Haziel. Aguardo sua visita. Beijinhos carinhosos
Te seguindo... Me segue de volta também?!