23 janeiro 2015

harold pinter /encontro



Nas horas mortas da noite

Os que há muito estão mortos olham para
Os novos mortos
Que avançam até eles

Há um leve bater do coração
Quando os mortos abraçam
Os que há muito estão mortos
E os que entre os novos mortos
Para eles avançam

Choram e beijam-se
Quando voltam a encontrar-se
Pela primeira e última vez

Agosto 2002



harold pinter
guerra
trad. pedro marques, jorge silva melo e francisco frazão
quasi
2003




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