16 setembro 2013

josé agostinho baptista / faz-se tarde



faz-se tarde
e eu deixei de esperar-te.

todos os portos se fecham sobre mim
e a floresta adensa-se.

nenhuma clareira se abre à passagem dos
animais e do homem antigo.

são 4 horas na manhã de todos os relógios.



josé agostinho baptista
deste lado onde
assírio & alvim
1976



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