Traz-me um girassol para que o transplante
no meu árido terreno
e mostre todo o dia
ao espelho azul do céu
a ansiedade do teu rosto
amarelento
Tendem à claridade as coisas obscuras
esgotam-se os corpos num fluir
de tintas ou de músicas. Desaparecer
é então a dita das ditas
Traz-me tu a planta que conduz
aonde crescem loiras transparências
e se evapora a vida como essência
Traz-me o girassol de enlouquecidas luzes.
eugenio montale
a religião do
girassol: uma antologia
tradução de jorge sousa braga
assírio & alvim
2000
ResponderEliminar[como um pequeno astro
enxerto em jardim fingido.]
abraço,
Lb