30 julho 2012

antonio orihuela / a meio da noite


  

A meio da noite
subo as escadas que levam ao quarto.
Um declive de 85° com os degraus demasiado juntos
Para chegar a velho por ele.

A minha mulher e o cão dormem cada um no seu sítio.
Não chegarei a velho com ele, digo-lhe.

Fujamos, é hora de escapar.




antonio orihuela
poesia espanhola anos 90
trad. joaquim manuel magalhães
relógio d´água
2000




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