02 julho 2011

raul de carvalho / amiúde

 
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No vale dos afectos
ninguém está seguro:
mingua a lembrança,
Esquece-se o rosto,
Retorna-se ao eu,
Os lábios secam, as palavras dormem, os sonhos dispersam-se, a
presença ausenta-se, há o lago de que não se vê o fundo –
 
E apenas as pequenas ilusões
- um café, o cigarro, a limonada –
Imitam dois corações unidos…
 

 


raul de carvalho
rosa do mundo
2001 poemas para o futuro
assírio & alvim
2001
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