Chega-se a este ponto em que se fica à espera
Em que apetece um ombro o pano de um teatro
um passeio de noite a sós de bicicleta
o riso que ninguém reteve num retrato
Folheia-se num bar o horário da Morte
Encomenda-se um gin enquanto ela não chega
Loucura foi não ter incendiado o bosque
Já não sei em que mês se deu aquela cena
Chega-se a este ponto Arrepiar caminho
Soletrar no passado a imagem do futuro
Abrir uma janela Acender o cachimbo
para deixar no mundo uma herança de fumo
Rola mais um trovão Chega-se a este ponto
em que apetece um ombro e nos pedem um sabre
Em que a rota do Sol é a roda do sono
Chega-se a este ponto em que a gente não sabe
david mourão-ferreira
do tempo ao coração
guimarães editores
1966
Gil,
ResponderEliminarbelíssimo poema do david mourão-ferreira. e belíssimas as fotos na orelha do seu blog.
aqui coloca poemas de autores desconhecidos ? vá, escritos por leitores, com capacidade de incorporarem este blog ? por favor, espero resposta *
ResponderEliminarwww.livron7.blogspot.com, Paulo Oliveira