O alfabeto das
árvores
esvai-se na
canção das folhas
as hastes interceptadas
das finas
letras que enunciavam
o inverno
e o frio
iluminaram-se
de verde vivo
com
a chuva e o sol -
Os rigorosos e simples
princípios dos
ramos rectos
vão sendo alterados
por íntimos
retoques de cor, cláusulas
devotas
os sorrisos do amor -
.......
até que as frases
nuas
se movem como o corpo de
uma mulher debaixo do vestido
e louvam com sigilo e
desejo
a supremacia do amor
no verão -
No verão a canção
canta-se por si
sobre a surdina das palavras -
william carlos williams
antologia breve
tradução josé agostinho baptista
assírio & alvim
1993
espectacular! não conhecia o poema...mt grata. boa noite
ResponderEliminarvim aprender este poema pois também não o conhecia!
ResponderEliminarabraço
Belissimo poema!
ResponderEliminarAbraço