E nunca nunca mais poder
falar a taça, o casco, a coisa
que partiu o vidro, inútil
peso das imagens de ontem.
Nenhuma destruição de linho
poderá dizer a cor da rosa
que esmaga na pupila fechada
o triunfo da luz de um clarim.
Nunca mais isto poder dizer,
não poder dizer pelo avesso
a ternura da pele clara,
os lábios, os sulcos, o beijo, o ventre,
os corpos ao assalto; e depois
não poder nunca repetir!
pere gimferrer
quinze poetas catalães
trad. egito gonçalves
ed. limiar
1994.
É um prazer passar por aqui, nas minhas noites de insónia.
ResponderEliminarbj
Cris
nossa!, bem bom esse.
ResponderEliminarGS, sou apaixonada desta página!
ResponderEliminarBeijo