sobre os dedos caiem pensamentos
medos concentrados, razões, limites
nos limites ficam as paisagens redondas do dia
do dia caiem artérias fundidas,
abismos em cápsulas adormecidas.
lateja o brilho que toca na pedra.
ávido o coração fecha-se na soturna ausência
abrem-se sonhos frios
abandonados em corpos sem rosto,
imagens ilegíveis e desoladas
crescem próximas do vento.
a mistura da vida
é venenosa na miséria consentida
ao fundo erguem-se cidades
sísmicas
cardadas em teias de fumos
a casa é o corpo corroído
o caos da desordem
ou o fascínio do imprevisto.
o olhar recolhe singrando o mar
atento ao sobressalto nocturno.
obsessiva é a voz
nas horas que demoram a passar
l.maltez
Que o dia te sorria:))
ResponderEliminarGosto muito de te ler.
Obrigada pela partilha ,mais um belo poema que nos presenteias.
Beijo
Isa