lembro-me
de te abrir as mãos
de procurar na janela
o cume das árvores
e de nos teus olhos
subir
içar os brilhos
até ao cegar da memória
até ao olvido
do saber
imaginei que poderias cantar
ceifar silêncios
como quem inventa um destino
e prodigamente se decifra
no fio do poema
gil t. sousa
poemas
2001
que poema lindíssimo.
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