212   Era uma vez um país de coveiros. Apertados uns contra os outros abriam as respectivas covas dos inimigos, correspondendo fielment...

     Compromissos, não tinha, mas faltei; Não prestei juramento, mas traí: Sentir-se réu alguém, não depende Do juízo dos outros, mas de s...

     Não é necessário fugir, perder-se em qualquer sítio debaixo de uma identidade que não é a minha?   Ao longo desta madrugada estive a ve...

     O que tem fome e te rouba O último pedaço de pão chama-lo teu inimigo Mas não saltas ao pescoço Do teu ladrão que nunca teve fome.     ...

      VII   Este vapor em trânsito no tejo é como branca gôndola descendo as colinas de um rio; de rosto ao vento, sou como o gondoleiro na ...

    3.   Ó dia de sol e morte   As flores eram venenosas As moscas eram negras O azul tenebroso   Tanta luz impiedosa Sobre o luto da terra ...

      Meia dúzia de linhas para me dizeres que tudo mudou. Agora é outro mar outra terra, outra gente.   Eu continuo por aqui. Somos como pá...

    Como se não restasse nem sequer a ilha desci à fundura do lago. Não vi o barco nem os remadores. Na distância, um ténue amarelo de enxof...

      Primeiro, tudo são carícias e há grandes varandas arvoradas na noite de lua morta onde nos instalamos como reis   Ribeiros e fontes e ...

    Faz muito frio, como convém nestas crónicas. Trémulo, desembacio o vidro da janela. As crianças esfaqueiam-se alegremente no parque e fa...

      a Jane L .     Nos umbrais desta página recebo o poema que chegou de longe, duma memória escura, voluntária, atravessando lama, sono, ...

      Acordo dia a dia mais cedo. Tenho o relógio ao lado procuro ver a hora mas não vejo. Fecho os olhos verei daqui a bocado, não há press...

      Li pouco, este Verão. O «Retrato em Movimento», Ruy Belo, puros esboços de leitura entre as longas e extenuantes deliberações poéticas...