fragmentos I …Estreitos são os navios, como estreito o nosso tálamo. Imensa a extensão das águas, mais vasto o nosso império Nas câmaras ce...

4 De quando em quando há um precipício, um desatino nas coisas, encadeamentos nebulosos a que nos levam palavras, olhares. Nada altera a su...

Ouço-te a ser rara a estrela no espaço onde algo se desprende e quase tudo se desmonta Ouço-te a virar os paus a comer vestígios importante...

A casa estava silenciosa e o mundo estava calmo O leitor tornava-se no livro; e a noite de verão Era como a essência consciente do livro. A...

As lágrimas não sabem o que dizem, deixam-se cair em turvos argumentos, lembram-se de coisas. Quase nos estragam as bebidas. Ao fim de três...

Tal como Rimbaud, as vozes instrutivas exiladas, a abominação a todos os modos de vida, a inabilidade na luta Tal como La Boétie, perfilho ...

1 Não sei de que cor são os navios quando naufragam no meio dos teus braços sei que há um corpo nunca encontrado algures no mar e que esse ...

Um caixão com a cara de um rapaz Um livro Escrito no ventre de um corvo Um animal selvagem escondido numa flor Um rochedo A respirar com os...

[ i ] pode nem sempre ser assim; e eu digo que se os teus lábios, que amei, tocarem os de outro, e os teus dedos fortes e meigos cingirem o ...

Levo já quase mil noites com fábulas e a cabeça dói-me e tenho seca a língua e esgotados os recursos, a imaginação. E nem sequer sei se me ...

21/ sobra de todo o silêncio o raro acorde do teu nome a que solidão altíssima me entregas quando te deixas morrer assim no abraço faminto d...

há um pouco de vento fustigando a tarde - mas não mais que um pouco – e o meu corpo exposto às dunas cai como ao princípio da noite. hoje e ...

Vou finalmente fechar o postigo, expirar a entrada mais feliz do meu coração. É altura, José, de deixar as flores secarem, o poço ganhar a ...