Julga-me a gente toda por perdido, Vendo-me tão entregue a meu cuidado, Andar sempre dos homens apartado E dos tratos humanos esquecid...

    [VI]   Pode um desejo imenso arder no peito tanto que à branda e à viva alma o fogo intenso lhe gaste as nódoas do terreno manto, e puri...

    Eu cantarei de amor tão docemente, Por uns termos em si tão concertados, Que dois mil acidentes namorados Faça sentir ao peito que não s...

Com que voz chorarei meu triste fado, que em tão dura prisão me sepultou, que mor não seja a dor que me deixou o tempo, de meu be...

Lembranças, que lembrais meu bem passado, Pera que sinta mais o mal presente, Deixai-me, se quereis, viver contente, Não me deixeis...

Quem pode livre ser, gentil Senhora, Vendo-vos com juízo sossegado, Se o Menino que de olhos é privado Nas meninas de vossos olh...

Verdes são os campos, De cor de limão: Assim são os olhos Do meu coração. Campo, que te estendes Com verdura bela; Ovelh...

A D. António de Noronha, estando                                          o autor em Ceuta [II]    Aquela que de amor descome...

Se as penas com que Amor tão mal me trata Permitirem que eu tanto viva delas, Que veja escuro o lume das estrelas, Em cuja vist...

O tempo acaba o ano, o mês e a hora, A força, a arte, a manha, a fortaleza; O tempo acaba a fama e a riqueza, O tempo o mesmo t...

Todo animal da calma repousava, Hilário o ardor dela não sentia, que o repouso do fogo em que ele ardia consistia na Ninfa que bu...

Lá na leal cidade donde teve Origem (como é fama) o nome eterno De Portugal, armar madeiro leve Manda o que tem o leme do governo....

Sôbolos rios que vão por Babilónia, m´ achei, onde sentado chorei as lembranças de Sião, e quanto nela passei. Ali o rio ...