50 todas as noites não saber em que hora parar em que degrau de sombra largar o recado para o nada que nos queim...

49 eles deixaram-me porque lhes pedi a febre não há mundo no que não se incendeia escuta: sou uma vela branca a murmurar a sua chama ...

48 amei com palavras grandes e secretas amei com versos limpos gil t. sousa falso lugar 2004

47 não há nada tão triste como a primeira coisa que escondemos numa gaveta ou a última pessoa que enterrámos num papel gil t. sous...

    46 um caminho que perfeito abrigasse o chão que nos sustém e um céu que se abrisse ao morrer do medo num longínquo ponto sem luz e ...

45 amei-vos como uma árvore ama os seus pássaros gil t. sousa falso lugar 2004

44 é sempre uma história de amor: a árvore que se afeiçoa ao pássaro o sol que se liga à água os olhos que se prendem ao mar gil ...

43 e chega-se ao lugar do saber ao claríssimo lugar de tudo se nos correr no coração como luz como um animal devotado e louco branco, mu...

42   um olhar que não soubéssemos ter e todos os pássaros se apagariam gil t. sousa falso lugar 2004

41   eis o lugar da secura súbita dos rios o deserto estridente das horas onde a palavra se apaga e os lábios talham o novíssimo nome...

    40     lição das árvores: regressamos nus do abandono e como o tempo nada devolve pairamos sobre a morte como frutos interrompidos qu...

39 tudo muda quando um verso rebenta nos lábios certos gil t. sousa falso lugar 2004

. . . 38 cada palavra tua é agora uma ilha um minuto mágico de matar silêncios cresceu-te no olhar um lugar de adeus e dizes os nomes d...

. . . 37 esse brilho de cidade que no rasto das estrelas se anuncia ou o alquímico silêncio de uma duna cravado no olhar de um sábio as...

. . 36 no dia em que as luzes se apagaram tinha um cigarro na mão   um amigo   que me disse tudo até ...

. . . 35 é preciso dizer que não há mais nada a celebrar nem os homens nem as ideias nem o tempo   essa f...

. . . 34 Os dias sucedem-se como marés, espraiam-se como portas nesse palácio absurdo que é a vida. Cada uma encerra a surpresa d...

. . . 33 esperar pelos dias, pela serpente dos dias. esperar que no cimo do tempo, no veneno do tempo, se transfigure o mundo. ...

32 quisera tão só esse dom de cegar, de luz trespassar as noites e no ventre do mundo correr mansamente como se os navios chamassem e um oc...

31 que rebentem estradas sob os pés dos que se perderam que nos seus olhos gelados cresçam fogueiras * que o silêncio se curve como um anima...