coração quando
O tempo me atravessa inutilmente o peito
E cada segundo se espeta carniceiro em mim em brasa
antes de passar
Rápido e leve
Para o outro lado que não quero ver.
A noite onde mergulhamos, essa noite comprida, é de
dentro que nos fala,
Como o mar já nos pulmões do náufrago.
Outros cantaram (e se calhar eu também) o troar das
armas, a bela fúria das tempestades
O Ferro e o Fogo e o Juízo Final, o Deus dos Exércitos!
Mas que beleza pode haver
Em morrermos como cães ingurgitados de ódio, com as
calças sujas de medo,
Numa esquina, numa retrete ou numa igreja?
O passado empurra-nos para a frente num metro a
abarrotar
Os enjoados correm para o vómito.
em qualquer lugar seguido por
o pranto de bartolomeu de las casas
poesia reunida
edições cotovia
2018
nos passos do Buda,
ResponderEliminarnao ha ano bom ou mau,
apenas a luta
transdactilo de Issa Kobayashi