para perfurar as fronhas dos desertos,
para apanhar os sorrisos dos couraçados –
nos lábios ressequidos dos canais.
Alto aí, cólera!
Para a pira das constelações inflamadas
não permitirei que façam subir a minha velha mãe enfurecida.
Caminho – corno do inferno – embriaga os roncos dos condutores
de camiões!
Que a embriaguez dilate as narinas fumegantes dos vulcões!
Vamos atirar-nos às nossas amadas para colocar nos seus chapéus as
plumas descoloradas dos anjos,
cortar a cauda dos cometas para que delas façam jiboias.
33 poesias
trad. adolfo luxúria canibal
edições snob
2019
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