federico garcia lorca / dois marinheiros na margem
I. Trouxe no seu coração um peixe do Mar da China. Às vezes vê-se passar diminuto nos seus olhos. Esquece, sendo marinheiro, os bares e as laranjas. Olha a água. II Tem a língua de sabão. Lava as palavras e cala-se. Mundo liso, mar frisado, cem estrelas e um barco. Viu as varandas do Papa e doirados seios de cubanas. Olha a água.
federico garcia lorca poemas trad. de eugénio de andrade assírio & alvim 2013
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