23 novembro 2020

pat boran / a planta

 
 
 
Na praia em Malahide
o casal jovem num jogo estranho
com paus e fitas, andando para a frente e para trás,
para trás outra vez – sem bola à vista – está apenas
 
a planear a casa que tenciona construir,
as paredes e as entradas marcadas na areia húmida,
indo de quarto imaginado para quarto
sob o sol a pôr-se, a lua a nascer.
 
 
pat boran
o sussurro da corda
trad. francisco josé craveiro de carvalho
edições eufeme
2018





1 comentário:

  1. Sonhos...planos de um futuro juntos,
    quais os jovens apaixonados
    que os não fizeram e sonharam?

    Poema curto, mas tão belo e terno...
    Gostei tanto!

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