06 novembro 2020

daniel faria / para o instrumento difícil do silêncio

 
 
3
 
Porque a morte tem o seu tempo
A ruína soma ruína, à cabeça
Equilibra a existência desmoronada e inteira.
Tu és o que edifica
Tu constróis mil vezes.
Porque o raio tem o seu tempo.
És o clarão, a lâmpada, a estrela
Somas luz à luz.
Não és a luz, és mais que a luz
Porque a noite tem o seu tempo.
 
 
 
daniel faria
poesia
quasi
2003




 

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