22 agosto 2019

fernando alves dos santos / recordação




Era eu pequeno e que gestos que tempestades de oiro punha nos vidros da janela para me fazer herói na própria sombra que temia.

Uma agonia no meu corpo não me deixou ver a claridade com que os meus me beijavam. Vivia muito perto do sol que os adolescentes cobrem de beijos com a alegria com que alargam a fronte.

E o meu corpo doente na manhã indiferente ressurgiu nessa luz que realiza a morte e a vida.



fernando alves dos santos
diário flagrante [poesia]
edição perfecto e. cuadrado
assírio & alvim
2005







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