De onde é que me fala a minha língua
senão do esquecimento e da deriva, a língua astuta
que mais e mais se arma e desentende, predadora
que no seu próprio laço se embaraça e fica presa?
De que falamos todos, e de onde, e até quando,
seguindo e discrepando? – frases, forças, mil ciências
que um tempo acumula, outro dissipa, em guerras duras
somando feios mortos a vitórias imprudentes.
carlos poças falcão
sombra silêncio
opera omnia
2018
ResponderEliminarA língua é nossa aliada, mas às vezes, pode ser nossa inimiga.