15 abril 2016

yvette centeno / em setembro, no algarve



Deito-me no muro do quintal.
Aguardo o pôr do sol
quando os pássaros cantam
e a terra exala um cheiro quente
a caruma e tojo.
No meio das árvores
a romãzeira florida parece descansar.
Chegou ao fim do seu dia.
Olho o sol.
E eu
quando chegarei eu?

  

yvette centeno
a oriente
edit. presença
1998



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