12 abril 2016

luís miguel nava / o espelho



O céu inteiriçou-se a todo o comprimento
Do vidro ao levantar a persiana.


Levou as mãos ao rosto, atravessou a sala, ao canto
Da qual reinava o espelho, e aproximou-se
Dele como o não fazia há muitos anos.



luís miguel nava
poesia completa (1979-1994)
rebentação
publicações dom quixote
2002




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