É duro o trabalho do pesadelo,
                                               é duro
arrastar de dia o carro das marionetas,
de noite; e ser uma delas
pela manhã, quando abrem os olhos
                                                         para não ver
que a bailarina de corda que dança entre elas
move ela mesma a mola.
      Narciso
no Último Acorde das Flautas, 1979
leopoldo maría panero
antologia poética (1979/1994)
selecção, tradução e notas de jorge melícias
lume editor
2014
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