21 setembro 2013

antoni clapés / não fales do visível e do invisível



Não fales do visível e do invisível,
da luz que em cada dia recria o mundo
do ouro das papoilas
do sangue dos trigais.

Mostra o direito e o avesso
com uma única palavra:
a opacidade da tua fala.

o poema detém
esta escrita
            não escrita



antoni  clapés
poemas
tradução de egito gonçalves



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