27 novembro 2012

antonio gamoneda / um bosque abre-se…


  

Um bosque abre-se na memória e o cheiro a resina é útil
ao meu coração. Vi as esferas do suor e os
insectos na doçura;


depois, o crepúsculo em seus olhos;


mais tarde, o cardo a ferver perante o centeio e a fadiga
dos pássaros perseguidos pela luz



antonio gamoneda
livro do frio
trad. de josé bento
assírio & alvim
1999


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