07 julho 2012

leonardo chioda / azul antigo




consentir azulejos depende de leituras e mais leituras
das entranhas dos mares
das memórias do ar, de alguns
marinheiros

talvez ainda recitar uma canção aos pórticos
beber das fachadas aquáticas.
o magma
o caminho de velas

o encoberto é sempre novo
vida ladrilhada,
mensagem voltada [não ao barco à garrafa]
intocada
é o que chamam de piso estrelado de alma

emula-se a criatura do sal
as algas, aquela certeza de cronologia incerta mas
às vezes jornada

vozes tabuleiros de espuma
vítrea
as medusas
chegando perto do coração netuno

solidifica-se o tom e cimenta
a opera prima no corrimento de uma nação
ao longo das tempestardes.

  


leonardo chioda




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