Algo, em mim, está morto.
O lado direito inerte, ausente,
de mim está alheio.
Do lado esquerdo
o fito,
como se a um outro
olhasse.
Metade de mim persiste,
vive,
e contempla algo, ardendo,
estiolando,
que em mim está morto.
Um perfil que apodrece
e eu vivendo
e vendo ausentar-se de mim
algo que em mim está morto
definitivamente.
rui knopfli
memória consentida : 20 anos de poesia 1959-1979
imp. nac. casa da moeda
1982
Tão bom passar por aqui neste sábado de Aleluia...
ResponderEliminarAbraço