[…] O poeta luta contra toda a espécie de opressão:
em primeiro lugar a do homem pelo homem e a opressão do seu pensamento pelos
dogmas religiosos, filosóficos ou sociais. Ele luta para que o homem atinja
definitivamente um conhecimento perfectível de si próprio e do Universo. Não se
conclua disto que o poeta deseja pôr a sua poesia ao serviço de uma acção
política, mesmo revolucionária. Mas a sua qualidade de poeta faz dele um
revolucionário que deve combater em todos os terrenos: no da poesia pelos meios
que a esta são idóneos e no terreno da acção social sem jamais confundir os
dois campos de acção, sob pena de estabelecer a confusão que importa dissipar
e, por conseguinte, de deixar de ser poeta, isto é, revolucionário.
benjamin péret
a desonra dos poetas
o surrealismo na poesia
portuguesa
org. de natália correia
frenesi
2002
Você vai no meu blog já algum tempo e eu nem havia prestado tanta atenção. SObre o texto que você colocou acima, deu-me mais força para continuar a escrever com parcimônia. Obrigado e volte sempre que puder no meu blog.
ResponderEliminarPelo menos os Verdadeiros Poetas.
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