07 janeiro 2012

m. campos / o poeta




Castrava-o antes de o deixar sair.
Uns milímetros por dia, quando acordava a tempo.
A lima das unhas, a faca dos frangos,
a lâmina de se rapar por baixo,
qualquer coisa servia.
Ele não protestava, ainda era apenas uma questão de fé:
com o tempo talvez chegasse a ser pago.




m. campos

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