10 outubro 2011

douglas coupland / a vida depois de deus




A seguir fiquei mesmo cheio de solidão e tão farto das coisas más da minha vida e do mundo que disse para comigo: «meu deus, faz de mim um pássaro… é tudo o que sempre desejei… um pássaro branco e ágil livre de vergonha, de maldade e de medo da solidão, e dá-me outros pássaros brancos com quem voar, dá-me um céu tão grande e tão vasto que, se eu nunca quiser descer para a terra, não tenha que o fazer.»

Mas deus, em vez disso, deu-me estas palavras, e eu digo-as aqui.






douglas coupland
a vida depois de deus
trad. telma costa
teorema
1994




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