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Já tudo é tudo. A perfeição dos
deuses digere o próprio estômago.
O rio da morte corre para a nascente.
O que é feito das palavras senão as palavras?
O que é feito de nós senão
as palavras que nos fazem
Todas as coisas são perfeitas de
Nós até ao infinito, somos pois divinos.
Já não é possível dizer mais nada
mas também não é possível ficar calado.
Eis o verdadeiro rosto do poema.
Assim seja feito a mais e a menos.
manuel antónio pina
ainda não é o fim nem o princípio do mundo
calma
é apenas um pouco tarde
erva daninha
1982
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Todas as escolhas denotam um gosto requintado.
ResponderEliminarManuel António Pina não é Prémio Camões por acaso.
L.B.
Deixo aqui a minha vénia a este blog. Irei acrescentá-lo nos favoritos do meu blog já em seguida.
ResponderEliminarDeixo desde já o convite para passar em http://teladepalavras.blogspot.com/
(a Tela está também a participar num passatempo, pelo que todas as ajudas são bem-vindas)
Abraço,