29 novembro 2010

gil t. sousa / das viagens




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regresso ao livro
que me declara sábio

que não me abandonem
os ventos
quando de novo navegar
o marítimo corpo
da ausência


é que me abro
à oração dos desertos
e sigo a minúcia dos milagres
até ao deslumbre
do que morre


(que torre é esta
que se atravessa na madrugada
e me serve o oculto canto
da paisagem que te esconde?)






gil t. sousa
falso lugar
2004




1 comentário:

  1. O poema é belíssimo, tocante, daqueles que se releem de vez em quando, porque fazem falta.

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