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regresso ao livro
que me declara sábio
que não me abandonem
os ventos
quando de novo navegar
o marítimo corpo
da ausência
é que me abro
à oração dos desertos
e sigo a minúcia dos milagres
até ao deslumbre
do que morre
(que torre é esta
que se atravessa na madrugada
e me serve o oculto canto
da paisagem que te esconde?)
gil t. sousa
falso lugar
2004
O poema é belíssimo, tocante, daqueles que se releem de vez em quando, porque fazem falta.
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