VIII
a casa que sonhei era branca, muito rente ao chão,
e as janelas de madeira amparavam-me os sonhos,
traziam histórias estranhas e levavam-me pelo mundo:
corria de lyon a paris, passava por veneza
para lembrar aquele degrau onde me sentei feliz
e voltava à mesa com a toalha posta de linho
uma malga de leite
um naco de pão
o teu sorriso quente
a festa começava quando as mãos se encontravam
e partiam a descobrir os recantos de nós
a viagem era louca até ao chão
os corpos rolavam envolvidos em água
até que o teu cheiro se vertia pelo soalho
era tudo tão simples na casa que sonhei!
Porto, 5-4-85
ângela marquescircularesnova renascença
abril/junho
primavera de 1985
Noooossa, que lindo.. Me deu saudade da cidade onde eu morava uando era pequena ^^
ResponderEliminarA simplicidade é o ideal. Por que afogarmo-nos nas complexidades do mundo moderno? Somos do mundo? Podemos viver como se não fôssemos - sem renegar esse mundo, mas sem sermos sufocados por ele.
ResponderEliminarPoema muito bom.
Grande abraço.
Lindíssimo...
ResponderEliminarSeguindo as pegadas da Ana Carolina, acima, "deu saudades do amor que nunca tive..."
Que lindo...uma aguarela...
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