27 abril 2010
paul auster / desaparecimentos
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Está só. E a partir do momento em que começa
a respirar,
está em nenhum lugar. Morte plural, nascida
no maxilar do singular,
e a palavra que levantaria uma parede
a partir da mais íntima pedra
da vida.
Porque ele deixa de ser
por cada coisa de que fala —
e em lugar de si mesmo,
ele diz eu, como se também ele começasse
a viver em todos os outros
que não são. Porque a cidade é monstruosa,
e a sua boca não prova
matéria alguma
que não devore a palavra
de um outro.
Assim, há-as muitas,
e todas estas muitas vidas
talhadas nas pedras
de uma parede,
e aquele que começasse a respirar
aprenderia que não há outro lugar para onde ir
senão este lugar.
Por isso, ele recomeça,
como se fosse respirar
a última vez.
Porque não há outra vez. E é o fim do tempo
que começa.
paul auster
poemas escolhidos
tradução de rui lage
quasi
2002
Não há outra vez.
ResponderEliminarNo entanto talvez
eu me mude de vez.
Paul, pensei em uma maneira de falar e homenagear a todos que tanto vêm me incentivando com o carinho e apoio que me doam.
ResponderEliminarEscrevi uma crônica pensando em nós blogueiros. Falei sobre o que penso ser o blog para nós. Você pode concordar ou discordar; pode também acrescentar; mas não deixe de opinar. Leia e entenderá por que a sua opinião é indispensável para mim e para todos blogueiros.
Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
Adorei !
ResponderEliminarEstou seguindo!